quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O DENSO E O INCENSO


                                                                                 
                                                   Paulo Nascentes
Quando contatado,
O Princípio que in-forma
A forma que provisório habito
Desvela - fragmento - o infinito
Que Eu Sou,
Revela o denso e o incenso
A pequenez do imenso,
                       a imensidão do micro.

Quando religado,
O canto que expresso
É sinfonia do universo,
Espelho que atravesso
Mesmo surfando a superfície.
Profundidade do simples no complexo,
Simplicidade do nexo
                        e do sentido.

Quando integrado,
Meu Ser se sabe sendo
Meu saber se alumbra e cala.
Cada nota ressoa e resvala
Na ressonância de outra nota e nota
Que essa outra, nascida do indiferenciado,
Conhece o Campo Ponto Zero,
Origem, memória, Akasha,
mas se sabe Um.
E entoa o cântico dos cânticos:
Onde repousa o insuspeito instante.
O eco reverbera: Há Um! Há Um!

Quando enamorado
Amante deslumbrado
No mistério radical do ser amado,
O Ser se refaz perplexo: o seccionado, o sexo,
É o prenúncio da Unidade:
O Dois que se faz Um
E se revela: Há Um! Há Um!
A diversidade do múltiplo
É o disfarce do Um!
Unidade é o nome secreto
Para sempre escondido
Na simplicidade do nexo
                             e do sentido.

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