sexta-feira, 12 de abril de 2013

SONETO MEDITA E SILENCIA

Quantos sonetos tem a tempestade?
Que rimas ricas deu o vento à chuva?
Que palavra tem mais perplexidade:
riso de morto ou pranto de viúva?








Monalisa: sorriso sem idade?                      
A velhice já te espera ali na curva?            
Somos eternos na maternidade?
O tempo é contramão ou contra luva?

Que futuro o futuro pode ter
se às vezes nem consegue envelhecer
 e morre sem saber o seu passado?

Passa o poeta, fica a poesia
pingando um pouco ainda a melodia?
- O que dirá meu verso... assim calado?
                                                Paulo Nascentes

3 Comentários:

Às 12 de abril de 2013 às 08:09 , Blogger Blogdopaulo disse...

Kia belega soneto!
Kian plezuron sentas leganto per tia pura, klasika poemformo, tamen modernigita per viglaj, nuntempaj pensoj!
Dankon por momento de pura ghuo, poeto.

 
Às 12 de abril de 2013 às 08:51 , Blogger Adonis Saliba disse...

Belíssima metalinguagem. Parabéns!

 
Às 13 de abril de 2013 às 11:29 , Blogger Nazaré Laroca disse...

O Tempo é o melhor leitor, pois sabe ouvir a beleza dos seus versos na eternidade. Meus cumprimentos, grande poeta, Paulo Nascentes!

 

Postar um comentário

Komentarioj bonvenas. Comentários sobre poemas são bem vindos.

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial