SONETO MEDITA E SILENCIA
Quantos sonetos tem a tempestade?
Que rimas ricas deu o vento à chuva?
Que palavra tem mais perplexidade:
riso de morto ou pranto de viúva?
Monalisa: sorriso sem idade?
A velhice já te espera ali na curva?
Somos eternos na maternidade?
O tempo é contramão ou contra luva?
Que futuro o futuro pode ter
se às vezes nem consegue envelhecer
e morre sem saber o seu passado?
Passa o poeta, fica a poesia
pingando um pouco ainda a melodia?
- O que dirá meu verso... assim calado?
Paulo Nascentes
3 Comentários:
Kia belega soneto!
Kian plezuron sentas leganto per tia pura, klasika poemformo, tamen modernigita per viglaj, nuntempaj pensoj!
Dankon por momento de pura ghuo, poeto.
Belíssima metalinguagem. Parabéns!
O Tempo é o melhor leitor, pois sabe ouvir a beleza dos seus versos na eternidade. Meus cumprimentos, grande poeta, Paulo Nascentes!
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