GANGORRA/ BALANCILO
Se denso o
medo como tão difuso?
E se a vida
se mostra tão deserta?
E se esse
isso aqui assim recluso
For a forca
sutil que já me aperta?
E se a mais
torta for mesmo a mais certa?
Mais
inocente justo quem acuso?
E se a mais
boba for a mais esperta?
Quanto mais
claro mais fico confuso?
Quanto mais
leio menos me esclareço?
Quanto mais
rezo mais assombração?
Quanto mais
calmo mais me aborreço?
Quanto mais
quero mais me digo não!
Quanto mais
lembro logo então me esqueço?
Se
mais pergunto há menos coração?
Ju pli ja
disa despli densa tim’?
Ĉu vivo ja
dezerta montras sin?
Ĉu tiu tio
tiele en okluzi’
Pendigas
min ĝis l’ asfiksi’?
Ĉu la plej
torda estos la plej certa?
La plej
senkulpa – tiun mi akuzas?
Ĉu la plej
stulta estos la plej ruza?
Ĉu tiom
klara kiom pli konfuza?
Ju pli mi
legas malpli jen mi lerta?
Kiom pli mi
preĝas ĉu fantomoj plias?
Ju pli
serena do despli ĝenita?
Ju pli
volante plie min neante?
Se mi
memoras pli forgesas min?
Ĉu
plia demand’ malplia kor’ kaj fin’?
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